Queratose pilar: saiba como prevenir as bolinhas no rosto

Embora a queratose pilar não seja uma condição grave e vá desaparecer sozinha com o tempo, ela afeta a aparência da pele, deixando-a avermelhada e áspera. Para minimizar esses efeitos e cuidar da saúde da sua pele, alguns tratamentos e ativos podem ser recomendados para prevenir surtos e minimizar as bolinhas ásperas na pele.

Para ajudá-lo a entender a queratose pilar e como tratá-la da melhor maneira, o Blog da Garnier, em parceria com a dermatologista Dra. Monalisa Nunes, traz um guia sobre essa condição de pele. Descubra o que é a queratose pilar, quais são suas causas e como tratar essa condição.

O que é a queratose pilar?

A queratose pilar, também chamada de ceratose ou queratose folicular, é uma condição relacionada à dermatite atópica, onde pequenas bolinhas ásperas aparecem na pele, principalmente nos braços, coxas e nádegas, e que podem surgir inclusive no rosto. Essas bolinhas deixam a pele com aspecto de lixa e podem apresentar coceira.

“A queratose pilar é uma afecção de pele, onde a gente tem uma produção excessiva de queratina que vai acabar obstruindo os folículos pilosos, criando pequenos tampões nos folículos pilosos, dando na pele um aspecto mais ressecado, áspero e com essas protuberâncias.” esclarece a Dra. Monalisa Nunes sobre a condição.

Portanto, essa condição acontece quando o corpo produz queratina em excesso. A queratina, uma proteína que protege o nosso corpo contra danos ambientais e infecções, acaba formando um tampão que bloqueia os poros, causando as bolinhas características da queratose pilar. Apesar de não ser uma condição grave ou maligna, ela afeta a aparência da pele, podendo causar certo desconforto por conta disso.

Quais são as principais causas da queratose pilar?

Sabe-se que a queratose pilar, ou ceratose folicular, ocorre por conta da produção excessiva de queratina, uma proteína que protege o corpo, que se acumula e tampa os poros, formando pequenas protuberâncias na pele. É importante esclarecer que a queratose pilar está relacionada à questões genéticas, ou seja, é herdada dos pais, como explica a dermatologista: “Ainda não se sabe a causa exata da queratose pilar, o que a gente sabe é que tem um componente genético.”

Ainda sobre as causas, a Dra. Monalisa esclarece: “Também ela está muito associada com mudanças do clima, então o clima muito seco e frio, normalmente a gente tem um aumento da afecção e também ela está muito associada a algumas condições de pele que geram uma pele mais seca, como por exemplo a dermatite atópica.”.

Sendo assim, a queratose pilar não é causada por falta de higiene, alergias, dieta ou outras causas pessoais. Trata-se de uma condição benigna que não está, necessariamente, associada a outros problemas de saúde grave. Além disso, essa condição costuma fica mais proeminente no clima frio e é mais comum em pessoas com dermatite atópica (eczema), portadores de doenças hereditárias ou que têm a pele muito seca.

Como identificar os sintomas da queratose pilar?

Os sintomas da queratose pilar são geralmente identificados por pequenas protuberâncias ásperas que surgem na pele. Essas protuberâncias, muitas vezes descritas como "bolinhas", podem lembrar a "pele de galinha" ou ter a textura de lixa e são mais comumente encontradas nos braços, coxas, nádegas e, às vezes, no rosto.

Outra característica da queratose pilar é a variação na cor e textura dessas bolinhas. Elas podem ser avermelhadas, marrons ou até esbranquiçadas, e a pele ao redor delas tende a ser mais seca e áspera, podendo até mesmo descamar.

A dermatologista explica que: “Os principais sintomas são a pele bem seca, com essas protuberâncias que podem ser avermelhadas, alguns casos esbranquiçadas ou amarronzadas, depende muito do tom de pele. E ela pode também ter uma coceira e alguma opacidade por conta do ressecamento.” conclui.

Portanto, os principais sintomas para identificar a queratose pilar são:

• Protuberâncias avermelhadas, esbranquiçadas ou marrons;
• Descamação da pele;
• Pele seca e áspera, como uma lixa;
• As regiões afetadas normalmente são os braços, coxas, glúteos e, em alguns casos, o rosto;
• Pode apresentar coceira;
• Pêlos que não conseguem sair do folículo obstruído, de textura fina e enrolados;

Quais áreas do corpo são mais afetadas pela queratose pilar?

“A gente pode ter queratose pilar em várias regiões do corpo, a mais comum é na parte posterior dos braços, mas também pode aparecer nas nádegas, nas pernas e até mesmo no rosto.” esclarece a Dra. Monalisa Nunes sobre quais áreas do corpo são mais afetadas pela queratose pilar.

Portanto, as áreas mais afetadas pela queratose pilar são aquelas que têm maior concentração de folículos pilosos, onde ocorre o bloqueio que leva à formação das protuberâncias. Essas áreas normalmente são: a parte externa dos braços, pernas e os glúteos, podendo afetar também o rosto.

1. Queratose pilar no rosto

Segundo a Dra. Monalisa Nunes, a queratose pilar não costuma se desenvolver na região do rosto, embora essa possibilidade exista: “É possível, sim, ter ceratose pilar no rosto, mas não é tão comum, é mais raro.” esclarece a dermatologista.

Embora seja menos comum, a queratose pilar no rosto tende a ser mais visível e notável, exigindo um tratamento específico para minimizar e prevenir os sintomas que afetam a pele. Essa condição no rosto é mais comum em crianças e normalmente aparece nas bochechas, embora também possa ocorrer na testa ou na mandíbula.

As protuberâncias causadas pela queratose pilar no rosto apresentam os mesmos sintomas de outras partes do corpo, podendo apresentar bolinhas da mesma cor da pele ou avermelhadas. A pele ao redor das protuberâncias também pode ficar mais seca e áspera do que o normal, levando a uma textura irregular.

Como a pele facial é mais fina e delicada do que a de outras partes do corpo, tratar e prevenir a queratose folicular no rosto requer um cuidado especial e direcionado especificamente para esta área. Produtos suaves e hidratantes faciais são essenciais, assim como a proteção solar, pois a exposição ao sol pode ressecar a pele.

Em alguns casos, o dermatologista pode recomendar tratamentos e medicamentos tópicos específicos para suavizar a pele e reduzir os sintomas da queratose. Por isso, é essencial que você tenha um acompanhamento dermatológico adequado ao lidar com a queratose folicular.

2. Queratose pilar nos braços

Os braços, especialmente a região externa, são uma área frequentemente afetada pela queratose pilar. Isso ocorre porque essa parte do corpo tem uma alta concentração de folículos pilosos, que podem ser facilmente bloqueados pela produção excessiva de queratina, levando ao desenvolvimento da queratose pilar.

O tratamento da queratose pilar nos braços também inclui uma rotina consistente de cuidados com a pele, incluindo hidratação e esfoliação suave. Produtos que contêm ingredientes como o ácido salicílico, o ácido glicólico ou a ureia são ótimos para esfoliar levemente a pele e suavizar as protuberâncias, melhorando a textura da pele.

Além disso, também é necessário proteger a pele contra o ressecamento, usando roupas de manga comprida, não muito apertadas, durante o tempo frio e sempre aplicando um hidratante após o banho, para ajudar a prevenir surtos de queratose pilar nos braços.

3. Queratose pilar nas pernas

Outra área muito comum para o aparecimento da ceratose folicular são as pernas. Assim como nos braços, as bolinhas ásperas e pequenas características da queratose pilar são frequentemente encontradas na parte da frente das coxas e às vezes também nas panturrilhas.

Assim como nas outras regiões, para tratar e prevenir a queratose nas pernas é necessário hidratar muito bem a pele, sempre aplicando um hidratante após o banho, esfoliar de forma suave e regularmente, além de proteger a pele durante o tempo frio para evitar o ressecamento.

Foliculite e queratose pilar são a mesma coisa?

Embora semelhantes, a foliculite e a ceratose tem características e causas distintas, como esclarece a dermatologista: “Foliculite e queratose são afecções distintas, a foliculite a gente tem um processo infeccioso e inflamatório, então é uma lesão que tem mais prurido, tem mais inflamação, mais vermelhidão, enquanto que a ceratose é só esse aumento de queratina com o entupimento do folículo sem ter uma inflamação ou infecção associada.”

Em suma, enquanto a foliculite é uma infecção dos folículos pilosos causada por bactérias ou fungos, a queratose pilar é uma condição genética causada pelo acúmulo de queratina nos folículos pilosos. Embora ambas as condições possam causar protuberâncias na pele, elas têm causas e tratamentos diferentes.

Quais são os tratamentos mais eficazes para a queratose pilar?

“As bases do tratamento são voltadas muito para a hidratação, então a gente precisa estar sempre hidratando a pele para combater esse ressecamento e a gente usa produtos que tenham ação queratolítica, então produtos com ácidos como por exemplo ácido salicílico, ácido glicólico, também a ureia a mais de 20% que ajuda a remover as células mortas e hidratar mais e também podem ser usados ácidos, como o ácido retinóico que é um ácido que tem uma função esfoliante química bem proeminente.” explica a médica dermatologista.

Além da hidratação regular da pele, existem outras opções de tratamento para a ceratose folicular: “Também tem algumas ações com peeling químico, também com os mesmos ácidos, então a gente pode fazer um peeling para ter uma ação mais expressiva, mais intensa, também pode ser usado alguns tipos de laser e também medicações orais. Que tenham ação queratolítica esfoliante também.”

Portanto, o tratamento da queratose pilar se concentra principalmente em suavizar as protuberâncias na pele. Embora a condição seja crônica e não tenha cura, os sintomas podem ser gerenciados efetivamente com os cuidados adequados, como:

• Mantenha a pele hidratada: a aplicação regular de hidratantes, em especial logo após o banho, é essencial para suavizar a pele e reduzir as bolinhas da queratose pilar. Procure produtos que contenham ingredientes como ureia, ácido lático, niacinamida ou glicerina, que são conhecidos por suas propriedades hidratantes;
• Ativos esfoliantes: ativos que promovem uma esfoliação leve, como retinóides, ácido salicílico, ácido lático e ureia, podem ser muito eficientes ao desobstruir os folículos e auxiliar na prevenção da queratose pilar.
  
  Vale lembrar que a esfoliação muito abrasiva, que machuca a pele, causa o efeito contrário e pode causar inflamação e agravar a condição cutânea, por isso, escolha produtos suaves para o tratamento e mantenha a pele hidratada;



• Medicamentos específicos: em casos específicos, o dermatologista pode prescrever medicamentos orais ou tópicos direcionados, como retinóides, para regular o crescimento celular e suavizar a pele;
• Tratamentos a laser: em casos mais graves de queratose pilar, tratamentos a laser podem ser recomendados pelo dermatologista. Esses tratamentos ajudam a reduzir a inflamação causada pela queratose pilar;

A alimentação influencia na queratose pilar?

Segundo a médica dermatologista, Dra. Monalisa Nunes: “Ainda não tem uma comprovação de fato que a alimentação interfere na queratose, mas tem alguns relatos de alguns alimentos, principalmente quando a pessoa tem uma sensibilidade ao alimento.”

Assim sendo, a queratose pilar pode ser exacerbada por reações do organismo à certos alimentos: “Então quem tem intolerância à glúten, intolerância à lactose, intolerância à oleaginosas, normalmente quando consome esses produtos, acaba tendo uma exacerbação dos casos. Mas não é uma coisa geral para todo mundo.” conclui.

Lembrando que, em todo caso, uma boa alimentação rica em nutrientes essenciais para a saúde do corpo, é o primeiro passo indispensável para auxiliar nos cuidados com a pele e evitar o desenvolvimento de outras condições cutâneas, como o envelhecimento precoce e oleosidade excessiva.

Como prevenir o agravamento da queratose pilar?

A principal forma de prevenção da queratose pilar é a hidratação adequada da pele, como explica a Dra. Monalisa: “A prevenção, a gente tem que fazer tudo que possa hidratar mais a pele e ressecar menos. Então evitar banhos muito quentes, com banhos muito demorados, esfoliações intensas, pode fazer sim uma esfoliação mais leve, pouquinhas vezes na semana.”

Além de manter a pele sempre muito bem hidratada, a doutora enfatiza a importância de evitar alguns hábitos e usar um bom protetor solar: “Deixar a pele sempre hidratada, hidratar bastante com cremes, sempre após o banho, evitar cutucar apertar, tirar as bolinhas manualmente, usar também protetor solar e evitar exposição prolongada ao sol, são os jeitos de você prevenir para que, pelo menos, a afecção não piore.” enfatiza a dermatologista, acerca de como prevenir o agravamento da queratose pilar.

Uma boa opção de cuidado é escolher um protetor solar que, além de proteger a sua pele dos danos da radiação solar, também ofereça hidratação para potencializar essa proteção. Para unir alta proteção solar de amplo espectro com hidratação e redução de manchas, Garnier desenvolveu o Protetor Hidratante FPS 30, que hidrata, uniformiza e reduz manchas. Disponível também em 4 cores diferentes com FPS 50 para você escolher!

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